7 ANOS

7 anos.

Não, não parece que foi ontem. São exatos 7 anos, com tudo que 2 pessoas tão diferentes podem viver neste tempo. “Você não sabe o quanto eu caminhei pra chegar até aqui...”

Hoje, celebramos a vitória do amor e da esperança. De um amor real, com seus altos e baixos, idas e vindas. Sim, já nos separamos - e nunca considerei isso um fracasso, porque é preciso muita coragem para dizer adeus e aceitar a necessidade de mudança. Porque amor de verdade não são só flores. É uma louca mistura (ou confronto?!) de certezas e contradições. Para mim, o amor verdadeiro é construído mais de perguntas que de respostas (muitas vezes de silêncio e escuta). Porque o amor não é uma meta a ser alcançada, é uma estrada a ser trilhada dia-a-dia, com paciência, determinação e muito respeito.

Casamento é muito mais que beijar na boca e ser feliz...rs... É uma jornada, onde compartilhamos dor e delícia. É uma oportunidade de exercitar generosidade, tolerância e compaixão, em busca de equilíbrio e sabedoria.

Não é a união de duas metades, mas o encontro de dois seres inteiros. Um casamento de verdade é o compromisso de estar inteiros, sem máscaras, diante do outro – e de si mesmo. E estar inteiro não é anular-se em função do outro, ao contrário, é mostrar-se sem receio (ou apesar) do julgamento do outro. É abrir-se para o outro e para si mesmo, numa jornada de descobertas e autoconhecimento. É envolver-se com o outro e, fortalecidos pelo amor, perceber o momento de desenvolver-se (sair do envolvimento), sem precisar abrir mão da relação. Porque o verdadeiro amor liberta e fortalece, para que tenhamos coragem de conectar-nos com nossa essência e, reencontrando quem somos de verdade, operarmos as mudanças que necessitamos. Porque ninguém muda ninguém (se bem que uma boa torcida incentiva...rs...)! E já não é muito fácil responsabilizar-se pelas próprias mudanças...

É bem verdade que há momentos em que tudo parece ficar insuportável – acho que é quando estamos mais perto do que precisamos aprender ou resolver. Aí, dá uma vontade de esganar...rs... Haja paciência e sabedoria! Para entender que às vezes nosso parceiro simplesmente não pode ser quem ou como nós gostaríamos que ele fosse (ou vice-versa). E mais uma vez impõe-se coragem, para admitir até onde podemos ir... Como respeitar as limitações do outro, sem aceitar as próprias? Como ser fiel ao outro sem antes ser fiel a si próprio? Como entender o que pede a alma do outro sem escutar a própria alma?

É... Rapadura é doce, mas não é mole não...rs...

"Eu quero a sorte de um amor tranquilo", mas acredito que ele é construído a 4 mãos...

Vou parando por aqui porque, na verdade, estou tentando reescrever o post que perdi inteirinho porque a conexão caiu... Um pequeno exercício de paciência! AFFF!

MARIDOOO, meu querido companheiro de jornada: obrigada por TUDOOO! Deus lhe dê muita paciência, amor e coragem...rs...

Mil beijinhos a quem passar por aqui e que sua vida seja plena de amor!

PS.: Não tem fotos do casamento pq não estou em casa... Estou na casa da Sogra...rs...

TODO AMOR QUE HOUVER NESSA VIDA

(Cazuza/Frejat)

"Eu quero a sorte de um amor tranqüilo

Com sabor de fruta mordida

Nós na batida, no embalo da rede,

Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida

Todo amor que houver nessa vida

E algum trocado pra dar garantia.

E ser artista no nosso convívio

Pelo inferno e céu de todo dia

Pra poesia que a gente não vive

Transformar o tédio em melodia

Ser teu pão, ser tua comida

Todo amor que houver nessa vida

E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a tua fonte escondida

Te alcanço em cheio, o mel e a ferida

E o corpo inteiro como um furacão

Boca, nuca, mão e a tua mente não

Ser teu pão, ser tua comida

Todo amor que houver nessa vida

E algum remédio pra dar alegria"