terça-feira, 29 de março de 2011

NIVER SD!

Então...
Começou ontem, mas não tive tempo de postar porque ando fazendo scrap...rs...
Dei um tempinho no TCC pra renovar as energias... Criatividade é o melhor combustível da vida!
Curei minha síndrome de abstinência: terminei LO's até da feira de 2009 (rs), criei LO's novos frutos de um surto de inspiração e estou numa animação só... !
Se vacilar até participo de todas as aulas! Quem aguenta?!
E só não passei a noite toda por lá, porque o Hubby não quis me deixar na farra com as scrap friends e me levou pra fazer o controle de qualidade da cerva dele com os amigos...rs...
Aliás, marido que é marido, posta Lo da esposa no Face dele antes mesmo da própria baixar as fotos que tirou e postar no blog. fazer o que, né?! Só agradecer a Deus!
Antes que eu esqueça, hoje é niver de uma pessoa rara que amo muiiitão, minha maiga "de infância", companheira de loucuras variadas pela vida afora em todas as épocas da existência: Piti Canella! Volto já pra colocar uma foto nossa, porque agora estou caiiiiindo de soninho!
Uma linda semana pra você, com a inspiração que a vida merece!
Beijoss com Axé e parabéns Salvador!

terça-feira, 22 de março de 2011

HELP, PLEASE!

"A chuva que está caindo agora de madrugada está castigando os animais do Abrigo.

Com o auxílio de alguns colaboradores conseguimos reformar canis de idosos, os gatis (através de parceria), e a rua foi consertada por intermédio de uma associada, mas o muro lateral ameaça ceder e cair por cima dos animais do pátio principal e ainda existem canis com telhas quebradas.

Com o tempo frio surgem as doenças e a gripe tanto nos cães como nos gatos pode levar a óbito os mais jovens e idosos.

Toda ajuda é bem-vinda!

Não podemos deixar os animais nessa situação por falta de recursos.

Os idosos e filhotes precisam de toalhas, tecidos, colchões (pode ser usado), jornais e papelão, para não morrerem de frio. Precisaremos de reforço em medicações antibióticos, anti-inflamatórios e suplementos de vitamina para combate a doenças do inverno! As vacinas acabaram semana passada e os filhotes não terão como completar imunização.

Ajudem os animais do Abrigo, eles só contam conosco, seres humanos de bom coração!!!"

Acesse o site do ABPA para ver outras formas de ajudar e conhecer melhor o trabalho do Abrigo.

Em caso de depósitos, as contas são:

Banco do Brasil, Ag. 4278-1, Conta 90517-8

Banco Bradesco, Ag. 3557-2, Conta 503091-9

CNPJ.: 01.892.365/0001-30, em nome da ASS BR PROT ANIMAIS ABPA

Pode confiar, o trabalho é sério!
Grata pela atenção,
Claudinha

"A vida é valor absoluto.

Não existe vida menor ou maior, inferior ou superior.

Engana-se quem mata ou subjuga um animal por julgá-lo um ser inferior.

Diante da consciência que abriga a essência da vida, o crime é o mesmo."

(Olympia Salete)

segunda-feira, 21 de março de 2011

AND THE GIFT GOES TO...

Imagina quem?!

Claro que adoro cada recadinho que leio aqui, cada e-mail que recebo!

Mas não há como negar que o RANDOM foi mais que justo, já que a Erica foi quem mais deu moral pro Cacarecos nos últimos 6 meses - mais até que euzinha...rs... Ela foi incansável, deixando recadinhos em posts já velhinhos, ou enviando e-mails perguntando quando eu ia tomar vergonha e voltar a postar, mesmo sabendo que eu estava com a coluna troncha ou louca com alguma etapa do TCC... Uma "simpatia"...rs... Hum, hum!

E olha que ela ameaçou, mas nem colocou 10 comentários no mesmo post, como no outro sorteio... KKKK (Ela disse estar com vergonha... Ai, ai... Quem não conhece que acredite...)

Well, foram 47 comentários de 01.12.2010 até ontem e foi sorteado o 19o (contado em ordem cronológica crescente):

E dentre muitos que ela deixou, o 19o foi este aqui:

"Erica disse...

So passei pra deixar um bjo, saudade maluca...rs

13 de fevereiro de 2011 11:28 "

Obrigada, Kinha, não tenho como agradecer tanto carinho! Venha aqui escolher seu mimo!

Obrigada a cada pessoa que visita o Cacarecos! Na loucura do dia-a-dia às vezes é mesmo muito difícil além de ler deixar um recadinho - no meu caso ainda mais, porque a net aqui cai a conexão toda hora... (Esta VIVo só me dá alegrias - para não dizer o contrário). Quanto recadinho já perdi porque não salvei?!

Mas insisto em escrever, porque sei o quanto é gostoso ter um retorno - em qualquer situação na vida.
Volto logo, com "novidadinhas" (ou seriam "novidadecos"?).
Uma semana de muita Paz e Plenitude para cada um de nós, para todos nós!

quarta-feira, 16 de março de 2011

UMAS POUCAS PALAVRAS

O que dizer num momento como este? Nada do que eu escreva expressará minha preocupação, solidariedade e também admiração pelo modo como os nossos irmãos japoneses têm enfrentado esta tragédia. Mas, quis compartilhar com você um depoimento que me tocou profundamente...

Ontem pela manhã liguei a TV para ter notícias sobre o Japão e peguei um trecho do depoimento da brasileira Edinéia Kobayashi, residente em Tichigi Kem/Oyama Shi há 16 anos (Mais Você, Globo).

Fiquei comovida com seu relato, em especial quando ela afirmou que não pretende retornar ao Brasil, porque escolheu o Japão como seu país, pois lá sim pode-se educar um filho: "o modo que aqui, o país cria os seus filhos, forma gente assim respeitável, educada, compensa para quem tem filho viver aqui no país porque a criação infelizmente é diferente daí do Brasil".

Segundo ela, até mesmo saques, se vierem a acontecer, serão por iniciativa de estrangeiros, porque mesmo em estado de necessidade, a educação, a cultura local, os princípios e valores dos japoneses impedem-nos de ultrapassar "o limite do outro"...

(Confesso que gostaria, mas não tenho como discordar... Até porque, aqui mesmo, no meu microcosmo de condomínio de 3 casas testemunho cada situação, que não é digna sequer de ser comentada. E olhe que ninguém está em estado de necessidade - graças a Deus.)

Ao final, perguntada se tinha alguma mensagem para sua família no Brasil, Edinéia preferiu dirigir-se à "família do mundo", lembrando-nos de não viver o amanhã porque o que realmente importa é o presente, é a vida porque, numa hora como esta que estão vivendo, não interessa o que e o quanto se tem. "Nesse momento ele (o dinheiro) não serve pra nada, a vida acima de tudo!"

Que possamos ao menos aprender algo com toda esta tragédia.
Falar mais o que, não é?!
Fé, Paz, Coragem e Serenidade para todos nós. Beijo grande.

terça-feira, 15 de março de 2011

RECOMENDO: RINPOCHE EM SALVADOR!

"Pensamos que o único meio de criar felicidade é tentando controlar as circunstâncias externas de nossa vida, tentando consertar o que nos parece errado ou nos livrar de tudo que é incômodo. Mas o verdadeiro problema encontra-se em nossa reação a essas circunstâncias. O que temos que mudar é a mente e a maneira como ela vivencia a realidade."

Chagdud Tulku Rinpoche

...

Amanhã, 4a feira, 16 de março · 20:00

Local: Teatro da Livraria Cultura - Shopping Salvador

Jigme Tromge Rinpoche, filho de Chagdud Tulku Rinpoche, nasceu em 1964 em Orissa, Índia. Foi reconhecido por Chokling Rinpoche como Tsewang Norbu, seu filho na vida passada que era uma emanação de Yudra Nyingpo, um dos 25 discípulos de Guru Rinpoche.

Estudou com muitos grandes mestres da atualidade, entre eles Kyabje Dudjom Rinpoche, Kyabje Dilgo Khyentse Rinpoche e Khenpo Jigme Phuntsok Rinpoche. Estudou também na escola de filosofia de Penor Rinpoche e com Khetsun Sangpo Rinpoche, além de receber o ciclo completo das linhagens Duddul e Longsal Nyingpo de Moktza Rinpoche no monastério de Katok, no Tibete.
Rinpoche imigrou para os Estados Unidos em 1988. Após completar o tradicional retiro de três anos guiado por seu pai, mudou-se para o Ati Ling em 1992 e tornou-se o lama residente. Atualmente, Rinpoche viaja pela América do Norte, América do Sul, Ásia e Europa para dar ensinamentos. Autorizado por seu professor, o mestre de Dzogchen Khenpo Ngagchung, e solicitado por Chagdud Khadro, Jigme Rinpoche oferece ensinamentos de Dzogchen no Brasil.
Além de compartilhar a responsabilidade sobre monastérios no Tibete e no Nepal, é fundador e diretor do Padmasambhava Peace Institute e diretor da Fundação Mahakaruna, uma instituição internacional de caridade.

segunda-feira, 14 de março de 2011

SORTEIO!

Então... Sumidinha apareceu!
Ah, sabe o que é?!
É tanto assunto, tanta coisa interessante acontecendo (outras nem tanto...), tanta reflexão, tanta inspiração, que me enrolo toda e quando vejo não escrevi foi nada...rs... E haja terapia, né?!
Quando acaba, o cabeção e o coração andam a mil, mas o corpitcho não está muito a fim de acompanhar... A coluna anda me dando um baile e ontem pegou até meu humor de jeito... OMMMM...
Mas, antes de escrever sobre os outros trilhões de coisinhas que estão enchendo meus dias de luz e encantamento (ah, e também uns troços que ainda me causam espanto e indignação, porque ninguém é de ferroo - SPD!), vim aqui falar do SORTEIO, lembra?
"E, aproveitando a animação, vou fazer outro sorteio dia 21 de março entre todos os comentários que estiverem aqui desde dezembro. Este é um período tão louco, tão atribulado para a maioria das pessoas que quem teve a delicadeza de usar um pouquinho do seu tempo para deixar um "oi" registrado merece um presentinho, não é?!"
Então, fica assim:
Quem tiver deixado recadinho no Cacarecos entre 1o.12.2010 e a meia noite do dia 20.03.2011 (próximo domingo), participa do sorteio e vai poder escolher entre 2 mimos: um kit com os novos papéis da GOODIES + brochinhos lindos também by Ju Tonin ou o livro CADERNOS DE INFÂNCIA. Amooo muito tudo isso, mas resolvi oferecer opção porque o Cacarecos é eclético, nem todo mundo faz scrap, mas todo mundo quer e pode ser feliz! Só precisa residir no Brasil, OK? (não é coisa de gente metida a besta... é que outro dia descobri que tem gente que lê o Cacarecos na Tailândia, Rússia. Fala sério?! Aproveitando, OBRIGADA, viu?! Especialmente a você que nem mora por aquelas bandas, mas anda tão longe quanto...rs...)
E, por falar em sorteios... Adoro sorteio surpresa, não sou muito desses que têm um monte de regrinhas... E estava louca pra mostrar as fotos da entrega do mimo do sorteio surpresa pra Moniquinha! Amei revê-la, conversamos muito, demos muitas risadas e nosso brunch na Bela Paulista teve direito a um delicioso brinde com prosecco.
Dia que começa assim só pode continuar perfeito - e foi!!
Nós 2 + cabelinhos com visual novo!
A vida é mesmo muito bela! Nos permite encontros fantásticos e reencontros melhores ainda. Foi muito bom conversarmos com mais tempo, nos conhecer um pouco mais. Super obrigada, Querida!
Ela recebeu o mimo do sorteio (o livro A MOÇA TECELÃ, da Marina Colasanti,) já leu e amou. Embora o texto esteja disponível na internet, sugiro que você compre a edição ilustrada por lindos bordados da família Drummond... Haja delicadeza!
Bem... Muitas coisinhas por fazer, outras tantas por dizer... Vou dar um tchauzinho, até logo.
Tenha uma deliciosa noite, com belos sonhos...
Que a semana nos traga boas notícias, que a natureza acalme sua fúria e nossos irmãos japoneses, paranaenses e outros tantos possam retomar suas vidas com coragem e serenidade, - na medida do possível.
Paz a todos!

domingo, 6 de março de 2011

CARNAVAL!

Para os que caem na folia e para os que aproveitam os dias para o que o corpo e/ou a alma estão pedindo... Compartilho este artigo da autoria de CARLA MACIEL, a coordenadora da pós em Arteterapia que estou concluindo. Mais que uma mestra de primeira, Carla é uma pessoa amorosa, criativa e acolhedora que tem me inspirado como profissional e como pessoa.
Uma leitura interessante e reveladora... Delicie-se!
Beijinhos e uma Carnaval de muita Paz e Alegrias, com as bênçãos dionisíacas...
Eu e o palhaço Pirulito: Imbassaí-BA
Carnaval, um convite dionisíaco através da arte popular
Por Carla Maciel*
“A gente trabalha o ano inteiro por um momento de sonho pra fazer a fantasia de rei ou de pirata ou jardineira...pra tudo se acabar na quarta-feira...Tristeza não tem fim, felicidade sim.” Sim, foi assim que Jobim e Vinícius nos cantaram o carnaval, a maior festa popular do mundo, que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C., quando os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção, e que chegou ao Brasil em 1723, sob influências européias. Um momento de sonho, de intensa felicidade (e quase sempre de euforia - eu fora de mim), que, pelo seu caráter de arrebatamento e gozo extremo, nos remete ao mito de Dioniso, o Deus do êxtase e do entusiasmo. A palavra “Entusiasmo” (en + teos) etimologicamente significaria cheio de deus, possuído pelo deus, divino, mais amplo, desconhecido. Porém, isso pensado a partir de Dioniso, nos remeteria a um deus corpo-terra, e não, um deus das alturas e iluminações. É na inclusão da corporeidade e suas finitudes que Dioniso buscará o êxtase (ex estar), ou seja, o movimento, a transformação, a perda das formas. É fazendo esse corpo dançar, cantar e excitar-se que o que parece fixo e constante vai se misturando com outras realidades e expandindo sua existência. E o que seriam os blocos carnavalescos senão as bacantes que vão atrás de Dioniso, cantando, dançando, experimentando os prazeres da liberdade, do sexo e do sentimento de onipotência?
Pelas vias da expressão artística, sobretudo da dança, canto e música, no período carnavalesco, tendemos a afrouxar o controle do ego, dissolvendo suas amarras e filtros, abrindo espaços para que outras instâncias psíquicas se manifestem. Momentaneamente distantes do que nos engessa e inquieta cotidianamente, e com o caminho livre para que novas linguagens sejam acessadas, nos embalamos numa experiência de catarse emocional, ou seja, de canalização de energia psíquica contida. Sob a regência de Eros, símbolo da energia vital que nos move, nos entregamos de corpo e alma à experiência de ser tudo e nada, de vestir e explorar várias máscaras, desacorrentando e projetando desejos e potenciais reprimidos ou desconhecidos. Nos sentimos autorizados a cair nos braços dionisíacos da tentação fantasiada de liberdade, braços que nos carregam para longe dos limites da consciência, e protagonizamos intensas catarses que se espalham pelas avenidas. Sabemos o quanto é difícil não sucumbir a esse convite, ainda mais quando enfeitiçado pelas gargalhadas do jovem Deus. O perigo, porém, se apresenta à festa quando o ego perde a relação e o diálogo com a totalidade da psique, pois aí vivenciamos os movimentos propostos por Dioniso através da negação, que nos leva a uma vivência de um estado dissociado onde o inconsciente vai se estruturar como contra-força. Parece-me ser a realidade dos camarotes "open bar" (com seu público estático, disposto apenas a assistir o carnaval sem se envolver com ele) que prometem uma imersão numa realidade onde só o belo será vivido, às custas de uma negação das outras possibilidades, gerando uma legião de pessoas apenas embriagadas, e sem entusiasmo.
A intensidade e a ânsia características dos foliões estão relacionadas com a efemeridade da festa, com a sensação de que se tem que tirar o máximo proveito dessa experiência, afinal, ela tem prazo de validade. O mesmo acontece com a ardente paixão dos amantes, a surpreendente disposição em viagens ou a atração avassaladora pelos docinhos nas festas infantis...ou seja, o que aumenta a adrenalina e potencializa o prazer é a constatação da impermanência e transitoriedade de alguns momentos, é saber que a roda do tempo poderá, por vezes, trazer um pouco de cinza ao que antes era só colorido, mas... voltemos ao carnaval! Há quem defenda que o termo deriva de “carne vale” (adeus carne!) ou “carne levamen” (supressão da carne), uma referência ao fato da festa anteceder a quaresma, iniciada na quarta-feira de cinzas, um período originalmente de reflexão espiritual, mas também de privações, inclusive de ordem alimentar (carne). Havia uma tendência a liberar e extravasar o que fosse possível, já que a contenção e o afastamento dos “prazeres da carne” seriam inevitáveis.
Ao pensar sobre os diversos enfoques que poderiam ser dados a esse artigo, fui capturada pela urgência de nos rememorar sobre a importância de se resgatar o carnaval como convite à expressão artística, como espaço onde processos criativos acontecem, possibilitando consequentemente o movimento de transformação e cura. Diante da infertilidade criativa da axé music e do crescimento da indústria do carnaval, que prioriza o lucro à cultura popular e a massificação ao respeito às diversidades, o carnaval enquanto campo fértil de realização criativa vem se estreitando, assim como a participação da grande massa na festa. Precisamos de integração e não segregação, de mais raiz e menos purpurina. Ainda que considerados “alternativos”, e que não recebam o valor e o destaque que merecem, os blocos afros, as rodas de samba, os bailes de máscaras e as manifestações folclóricas ainda preservam a identidade dessa festa como autênticos canais de expressão e criação artística. Com a experiência dos blocos afros, sentimos as nossas raízes históricas e culturais serem provocadas e despertadas, ecoando internamente. Reencontramos a nossa ancestralidade e somos emocionadamente convidados, diante da força e do poder das batidas dos tambores, a nos mover na dança da vida. Já o samba, ele canta o amor e a dor, as nossas emoções mais profundas, nos devolvendo à nossa condição humana. Nesses espaços, o ego-corpo é convidado a se misturar com sons, tons e movimentos que o retiram da unilateralidade e solidão costumeiras e abrem possibilidades de encontro, ampliando a experiência do próprio ego sem a condução do mesmo. O ego é convidado a se relacionar com as polaridades e, a partir da inclusão, encontrar soluções criativas para os seus conflitos. Se além de promover uma catarse eufórica o carnaval também consegue acionar o potencial criativo dos milhões de foliões, ele pode ser uma belíssima e poderosa experiência catalisadora da cura. Assim como a vivência onírica, podemos entender o carnaval como um momento de fuga, de fantasia e irrealidade, mas também como uma experiência de crescimento, transformação e integração. De um jeito ou de outro, ninguém sai do carnaval da mesma forma que entrou, isto é certo! Deve ser por isso que Dioniso ri...
Não há dúvidas quanto ao poder da arte enquanto fonte inspiradora e canal de grandes mudanças. Sabe-se também que nenhuma transformação (transformar a ação) é possível se nos faltar a senhora inspiração, musa mor que nos coloca em contato com a nossa luz divina. Então, despeço-me com a esperança de que possamos abrir alas para que mais espaços de criação possam desfilar pelas nossas avenidas internas, nos inspirando e renovando a nossa relação conosco e com o mundo. Aí é só festejar... “é carnaval não me diga mais quem é você/Amanhã tudo volta ao normal/Deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar/Que hoje eu sou da maneira que você me quer/O que você pedir eu lhe dou/Seja você quem for, seja o que...” Dioniso quiser!!!
Carla Maciel é psicóloga, psicoterapeuta junguiana e especialista em Arteterapia pela Universidade Denis Diderot Paris VII – França. Atualmente é professora, supervisora e coordenadora da Pós-Graduação em Arteterapia Junguiana do Instituto Junguiano da Bahia.