domingo, 27 de dezembro de 2009

EU ACREDITO

Natal 2009: Thata, eu e o Papai Noel, em São Carlos-SP
ERA UMA VEZ... uma menina que adorava o Natal! Mal voltava das férias de junho, e lá estava ela a contar nos dedinhos os dias que faltavam para viajarem de novo para a casa dos avós. Longe de onde morava com seus pais e irmãos, a cidade onde estava o restante da família era alcançada à custa de horas de viagem (dias, às vezes, pois seu pai tinha espírito de aventura...), de muito calor, sustos (leia-se: alguns acidentes...) e diversão.
A chegada na casa da Vó Mariquinha tinha cheiro de picadinho de legumes com carne moída, mas seus olhos iam direto para a linda cristaleira no corredor, onde ficava o pote do tesouro - a compoteira com um delicioso doce de de leite!
Era um verdadeiro deleite, cada minuto de expectativa, com sons, cheiros e cores que, ainda hoje, ecoam em sua lembrança. O cheiro da erva doce no quintal dava-lhe enjôo (o enjôo hoje tem um nome esquisito) mas, curiosamente, atraía a menina, que não resistia às suas lindas vizinhas, as "Sorriso de Maria", que mais tarde (beeeem mais tarde...rs...) enfeitariam seu casamento.
Acostumou-se a não receber o que esperava do Papai Noel - o Bom Velhinho tinha que atender a muitas criancinhas no mundo todo! Quando adulta, aprendeu a presentear-se para não precisar esperar mais pela manhã de Natal.
Numa destas manhãs, ao desabafar sua frustração, ouviu do primo uma revelação para a qual não estava preparada (será que um dia estaremos?): "Papai Noel não existe, sua boba!!" Não lhe doeu tanto a súbita inexistência do Papai Noel. Era até bom saber que não tinha sido ele que não advinhara seus desejos. Como filha mais velha, sabia que eram muitos imãos a presentear... Doeu mesmo a idéia de ter sido enganada por tanto tempo (sempre doeria...). Esta dor juntou-se a outras ao longo da vida, a outros enganos e desilusões...
Mesmo desconsolada, seguiu acreditando... Acreditando que o próximo Natal seria inesquecível e que traria aquele sacão repleto de coisas boas, das quais - agora sabe, a única que está mesmo garantida é a incansável ESPERANÇA! Hoje, a menina-grande tem poucas lembranças (e nenhuma foto!) dos Natais de sua infância. Elas misturam-se a outras, de muitas datas, com todos os seus sons, cheiros e cores...
Que a "Misteriosa Dona Esperança" e sua irmã-gêmea, a Fé, não esperem o próximo Natal para renovarem-se em sua vida!
Que "ela" apresente-se a cada nascer do sol, pronta e fresca para iluminar a sua vida, porque o amor de Cristo faz morada em nossos corações!
É o meu sincero desejo...
Beijos sabor ambrosia e cheiros de "Sorriso de Maria"!

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