Todo dia nasce e morre gente. Anônimos, famosos, amigos, conhecidos, parentes etc.
Há mortes simbólicas, outras bem reais. Há aquelas esperadas, com data marcada (quase uma cesariana às avessas) - o que não diminui necessariamente o sofrimento ou nossa perplexidade... E há mortes mais que necessárias, fechamentos de ciclos, que possibilitam vida nova.
Às vezes "ela" leva alguém muito próximo e a gente quase vai junto, outras vezes somos tocados profundamente pela passagem de alguém que não conhecemos pessoalmente, mas faz parte da nossa história...
A verdade é que, embora seja a única coisa que com certeza vai acontecer com todos nós, a morte nos assombra e ainda nos surpreende. Mesmo sendo espírita (kardecista), por mais que pense no assunto, não sei se estou preparada para enfrentá-la... Mas, deparei-me com ela ontem e fui tomada por inúmeras reflexões.
Ele entrou em minha vida sei lá quando, mas sei como. Foi nas telas de cinema e, em inúmeras oportunidades, na TV. Não era meu ídolo, apenas um ator bonito que me fez chorar com dois de seus personagens. Não consigo lembrar se me comovi mais em Ghost ou Dirty Dancing...
Da última vez que o vi, numa entrevista, fiquei atônita com sua aparência frágil e não consegui parar de pensar sobre o quanto tudo isso aqui é transitório...
Morreu ontem, aos 57 anos, o ator Patrick Swayze. Ele fez parte da minha adolescência - tanto que nem fazia idéia da idade dele. Descobri, recentemente, que ele não cultivava a imagem de galã e estava casado há mais de 20 anos com a namorada da adolescência. Essas e outras escolhas que ele fez marcaram-me mais que seus filmes.
Após o diagnóstico de câncer de pâncreas, há quase 2 anos, Patrick resolveu não se submeter a tratamentos que poderiam prolongar sua vida. Preferiu usufruir do tempo que lhe restasse ao lado de sua família e decidiu que trabalharia enquanto pudesse, para não se entregar a "ela", a morte.
Lembrei-me, então, que há uns 2 meses, assisti um documentário na GNT sobre a luta de Farrah Fawcet para vencer o câncer. Lutou muito com força e dignidade por mais algum tempo de vida. Fiquei profundamente comovida.
Interessante como lidamos diferentemente com uma mesma situação. Meu propósito aqui não é questionar ou comparar... Estou apenas pensando "em voz alta"... A vida é permeada de decisões difíceis e torço para que estejamos suficientemente preparados para tomá-las com sabedoria, sempre que necessário.
Deixo aqui uma pergunta feita por Farrah pouco antes de partir: com o que você tem se comprometido na vida?
Beijinhos com carinho...
Querida amiga,
ResponderExcluirbonitas palavras de profundas reflexoes. sao paradoxos .... o meu compromisso com a vida e muito simples.... ser feliz! e acho que de ambas as pessoas que voce fala , a opcao foi a mesma, elas so optaram por caminhos diferentes. A situacao de doenca terminal e sempre muito dificil e critica, mas ela coloca em cheque ( quase mate) a questao_ o que queres da vida!
eu sou feliz e pretendo continuar assim, ensino para minhas filhas que a felicidade e o caminho a seguir, porem ela tem varias direcoes, o caminho e sempre uma escolha, mas a felicidade nao e o destino e sim uma jornada continua!
bem... fico feliz que voce vai encontrar com a Tu... favor: amasse a Ju, o Gabi e o outro filhote dela por mim.... esprema bem espremido todos! e se puder tira uma fotinho pra mim!!
um grande beijo daqui de aberdeen
ana